O que significa o ESG para o setor de logística e como desenvolver ações que podem impactar positivamente nos negócios dessas empresas

O mundo está evoluindo. As constantes mudanças ambientais e econômicas começam a traçar novos desafios. Se antes as empresas precisavam escolher entre práticas mais sustentáveis ou melhores resultados financeiros, agora a sustentabilidade é parte importante nas estratégias empresariais.  

E, até por conta disso, o conceito de ESG vem despontando cada vez mais como uma forte tendência na gestão de empresas. 

Um levantamento feito no Google Trends, realizado recentemente pelo Valor Econômico, mostrou que o interesse de busca pelo ESG no Brasil aumentou em 150% em relação a 2021. O país está entre os 25 no mundo que mais buscaram esse termo.

Muito desse interesse nasce por conta de uma mudança de perfil dos consumidores e das novas gerações, que estão sim muito mais conscientes com relação aos impactos gerados pelo mundo corporativo. 

Dentro deste contexto, alguns setores ficam mais em evidência do que os demais. É o caso, por exemplo, do setor de logística e transporte. 

Mas, o que significa o ESG de fato? Como ele pode ter impactos positivos no setor de logística? E, mais do que isso, quais os caminhos mais curtos para se implementar essas práticas? 

O que significa ESG: entendendo o conceito em linhas gerais

O ESG é uma sigla em inglês que surgiu em 2004 em um relatório da ONU, e pode ser explicada assim: a letra E é de Environmental (Ambiental); a letra S é de Social (Social) e a letra G é de Governance (Governança). 

Environmental: são as práticas da empresa voltadas ao meio ambiente. Envolve temas como poluição do ar e água, aquecimento global, desmatamento, emissão de carbono, entre outros.

Social: são as práticas das empresas voltadas à responsabilidade social em prol da comunidade e sociedade. Envolve temas como proteção de dados dos clientes, remuneração da equipe, diversidade, respeito à legislação trabalhista, etc.

Governance: são as práticas ligadas às políticas, processos, estratégias e orientações de administração das empresas e entidades. Envolve temas como conduta corporativa, abrangendo a relação com governos e acionistas, políticas anticorrupção e a existência de um canal de denúncias sobre casos de discriminação, assédio e corrupção.

Muito mais do que a simples tradução das letras na sigla, hoje o ESG funciona como um “selo”, atestando que as empresas estão mais responsáveis no que diz respeito à sustentabilidade. 

Como as práticas de ESG têm impactado no dia a dia dos gestores

Agora, que você já sabe o que significa o ESG, entenda como essas práticas têm influenciado nos negócios e na gestão das empresas. 

Por ser um termo que carrega um peso maior no mundo atualmente, compreender o que significa ESG está despertando cada vez mais o interesse das empresas e investimentos. 

Atualmente, estas três letras são utilizadas por investidores como critérios para mensurar se uma empresa utiliza práticas sustentáveis e se gera impactos positivos sociais, ambientais e financeiros.

A Bloomberg divulgou que os fundos que estão adotando em suas estratégias o ESG aumentaram os ativos em 32%, com o valor recorde de US$ 1,8 trilhão. No continente europeu, 77% dos investidores pretendem, nos próximos dois anos, parar de comprar produtos que não tenham o ESG como diferencial (PWC).

No Brasil, os valores investidos ainda não são tão expressivos. Mas este cenário está mudando. A B3 e a Great Place to Work (GTPW) criaram o Índice GPTW, totalmente voltado para as práticas ESG. Este índice apresenta riscos menores de investimento, mostrando aos investidores e mercado que investir em ESG gera resultados positivos. A Forbes identificou que, na lista das melhores empresas do mundo, 39 são brasileiras e possuem qualificação ESG.  

Ou seja, de uma forma geral, o mercado vem buscando investir cada vez mais em empresas que tenham o reconhecimento dentro das práticas ambientais, sociais e de governança.

Mas, o que significa o ESG no setor logístico?

O setor de logística e transporte é responsável por cerca de 14% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) globais. Com a alta demanda de entregas e o maiores volumes de carga, o combustível ainda é um dos maiores obstáculos dentro do setor, onde o aumento do seu consumo gera poluição e impactos negativos no meio ambiente.   

E, em um mundo onde o ESG exige um padrão elevado de qualidade e excelência nas práticas sustentáveis, quais mudanças o setor logístico precisa fazer para aderir às  iniciativas ESG?

Nas práticas ambientais, é preciso promover ações de economia circular, economia reversa, cuidado com a natureza, uso consciente dos materiais de transporte (embalagens), neutralidade de carbono. O setor logístico precisa otimizar a cadeia logística, criando rotas mais eficientes, gerando menor locomoção de veículos e reduzindo a emissão de CO2 na atmosfera.

O aspecto social na logística envolve a busca em ampliar a diversidade nas empresas, não apenas em cargos operacionais, mas também na liderança, dando mais oportunidades de promoção a talentos de todas as origens e perfis. Direcionar as atenções para o bem-estar dos funcionários, através de temas como conforto e segurança do ambiente de trabalho e mecanismos adequados de comunicação com a liderança da empresa. 

As práticas de governança são ainda mais desafiadoras. O setor logístico no Brasil lida com o histórico de atividade informal e os problemas que envolvem a governança são ainda mais desafiadores. O ESG pode tornar o setor cada vez mais apto, operando conforme as exigências governamentais e fiscais.

Se bem aplicadas, as boas práticas de ESG podem transformar o setor logístico, resultando em impactos positivos financeiros, ambientais e sociais.

Como começar a encurtar caminhos para adotar práticas de ESG?

Em um primeiro momento, adotar o ESG dentro do setor logístico pode parecer complicado. As opções são grandes e existem diversas alternativas de empresas com práticas ambientais, sociais e de governança.

Um ótimo exemplo que pode encurtar caminhos até as práticas ESG é associando-se a parceiros com ideias inovadoras e sustentáveis. Algumas  empresas, por exemplo, tem propostas bem interessantes no last mile, que propõem inserir um novo agente nesta última etapa da entrega. 

Isso é feito com a ajuda de pessoas comuns que baixam um aplicativo e transformam suas casas em hubs de entrega. Desta forma, as empresas conseguem aumentar a produtividade, graças à redução no número de paradas realizadas pelos couriers, sem colocar mais carros nas ruas. 

Afinal, o grande diferencial está no fato dessas entregas serem feitas a pé ou de bicicleta. O resultado?  Uma logística mais limpa e com menor emissão de CO₂. 

Além disso, essas pessoas são recompensadas por pontos, revertidos entre outras coisas para fomentar iniciativas em instituições parceiras, o que relaciona as iniciativas ao pilar de ações sociais. 

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